O Teatro Cultura Artística reabre as portas neste domingo (25), 16 anos após o incêndio que destruiu as duas salas de espetáculos em agosto de 2008. O icônico endereço na Rua Nestor Pestana, inaugurado em 1950 sob as batutas dos maestros Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, ressurge modernizado, com mais segurança, conforto, acústica e tecnologia de ponta.
O arquiteto Paulo Bruna, autor do projeto de renovação do Cultura Artística, buscou preservar e recuperar todas as áreas remanescentes do histórico edifício projetado por Rino Levi (1901-1965), representante da chamada escola paulista de arquitetura moderna. Coube à artista plástica Sandra Cinto criar um revestimento para a Grande Sala (agora com 750 lugares), que também ajudará na acústica das apresentações de câmara. A Pequena Sala (com 150 lugares) será utilizada para performances mais intimistas, cursos, palestras e apresentações da Série Violão. O enorme painel de Di Cavalcanti na entrada do teatro, com mais de 1 milhão de pastilhas, foi cuidadosamente restaurado.
O novo Cultura Artística surge com a missão de articular passado e presente, tanto na estrutura como na programação, ajudando a revitalizar o seu entorno. Os R$ 150 milhões investidos no projeto foram captados em sua maioria por leis de incentivo fiscal, pessoas físicas e jurídicas que tornaram possível a reconstrução do teatro, segundo Gioconda Bordon, diretora artística e vice-presidente da Sociedade Cultura Artística.
O concerto de reinauguração do teatro, com a Filarmônica de Câmara Alemã de Bremen, a partir das 17h30, com regência do maestro finlandês Tarmo Peltokoski e solo do pianista canadense Jan Lisiecki.